XVII Rodada de Negócios impulsiona manejo sustentável do pirarucu e projeta safra de mais de 630 toneladas para 2025
Publicado em: 12 de agosto de 2025
Encontro em Tefé reúne 13 grupos de manejo, instituições governamentais e compradores para negociar cotas de pesca e fortalecer a cadeia produtiva do pirarucu na região do Médio Solimões.
No dia 7 de agosto de 2025, o Programa de Manejo de Pesca do Instituto Mamirauá realizou a XVII Rodada de Negócios do Pirarucu de Manejo Sustentável. O evento marca o início das negociações para a venda da produção desta safra, reunindo manejadores, compradores, instituições parceiras e representantes do poder público.
A Rodada de Negócios do Pirarucu consolidou-se como um importante espaço de articulação para a pesca manejada na região do Médio Solimões e marca a entrega das autorizações de pesca emitidas pelo Ibama para a safra do próximo ano. O encontro contou com a presença de representantes de 13 grupos de manejo assessorados pelo Instituto Mamirauá, além dos grupos Acará Atapi, assessorado pelo IDAM de Tefé e Setor Macopani, assessorado pela AMURMAM.
Ao todo, foram autorizados 12.611 pirarucus para captura na próxima temporada, com previsão de 630.550 quilos de pescado, resultado do esforço conjunto de 34 comunidades e 940 manejadores e manejadoras que atuam no modelo de manejo sustentável. O evento reuniu colônias de pescadores, associações e Acordos de Pesca dos municípios de Tefé, Alvarães, Maraã, Juruá e comunidades das Reservas de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá e Amanã e entorno, além de compradores das regiões de Tefé, Manaus e Parintins.
Resultados de 2024 e expectativas para 2025
Na safra de 2024, os sistemas de manejo assessorados pelo Instituto Mamirauá contaram com 34 comunidades, 940 manejadores e manejadoras, e autorização para a captura de 13.597 pirarucus. Foram efetivamente retirados 9.479 peixes, o equivalente a 437,8 toneladas, com média de 46,2 quilos por indivíduo.
Para 2025, as cotas autorizadas para os 13 sistemas de manejo somam 12.611 pirarucus, com previsão de 630.550 quilos. Destaca-se também o potencial produtivo de outras espécies, especialmente Aruanã e Tambaqui, que nos últimos anos vêm apresentando resultados expressivos, com aproximadamente 150 toneladas capturadas em 2024.
Todos os grupos assessorados possuem estruturas flutuante adaptadas para o serviço de pré-beneficiamento do pirarucu, manipuladores capacitados e, em sua maioria, formalização jurídica para comercialização, garantindo qualidade, rastreabilidade e maior valor agregado ao produto.
Cadeia produtiva fortalecida
A Rodada de Negócios é um espaço estratégico para aproximar produtores e compradores, definir preços e alinhar a logística de distribuição. Este ano, estiveram presentes representantes do IDAM-Tefé, da Federação de Manejadores e Manejadores de Pirarucu de Mamirauá (FEMAPAM), da Secretaria Estadual de Meio Ambiente (SEMA) e do Departamento de Mudanças Climáticas e Gestão de Unidades de Conservação (DEMUC), da Secretaria de Estado de Produção Rural (SEPROR), Secretaria Municipal de Produção e Abastecimento (SEMPA-Tefé), do Instituto Brasileiro de Desenvolvimento e Sustentabilidade (IABS - Brasília-DF) e de equipes de diferentes programas e grupos de pesquisa do Instituto Mamirauá (Programa de Manejo de Pesca, Programa de Manejo de Fauna, Núcleo de Inovação e Tecnologia Sustentáveis, Centro Vocacional Tecnológico, Programa Gestão Comunitária, Grupo de Pesquisa em Territorialidades e Governança Socioambiental na Amazônia e em Geociências e Dinâmicas Ambientais na Amazônia).
Além do impacto econômico, o evento reafirma o papel do manejo sustentável do pirarucu como estratégia de conservação e geração de renda. A cada safra, o trabalho dos manejadores garante não apenas a recuperação dos estoques da espécie, mas também a melhoria da qualidade de vida das comunidades ribeirinhas.


Texto: Julia A. Rantigueri
Revisão Técnica: Brenda Meireles e Jonas Batista
Fotos: Brenda Meireles
Revisão Técnica: Brenda Meireles e Jonas Batista
Fotos: Brenda Meireles
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