Protocolos de manejo serão apresentados pelo Instituto Mamirauá durante a SBPC, que inicia na próxima semana

Publicado em: 17 de julho de 2013

O Instituto Mamirauá estará na 65ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), que será realizada de 21 a 26 de julho de 2013, em Recife (PE). O Instituto Mamirauá é um dos participantes da ExpoT&C, organizada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), que reúne as unidades de pesquisas desse ministério. O evento será realizado no campus da Universidade Federal de Pernambuco. 

Legenda: um dos protocolos apresentados será o de gestão de recursos turísticos, que retrata as experiências da Pousada Uacari. 
 
Segundo Danielle Pedrociane, pesquisadora do Instituto Mamirauá e uma das participantes do evento, o objetivo da participação institucional é divulgar as experiências que estão resultando na conservação dos recursos naturais, em consonância com o tema da SBPC: "Ciência para o novo Brasil". Ao longo dos últimos anos, protocolos têm sido elaborados para documentar e implementar sistemas de manejo de recursos naturais em outras áreas, tanto do Brasil como do exterior.
 
Estarão expostos os seguintes protocolos: Protocolo para Gestão de Recursos Turísticos, Protocolo de Manejo Florestal Comunitário, Protocolo de Manejo de Pesca e Protocolo de Manejo de Peixes Ornamentais. "Os protocolos são resultados de pesquisas cientí­ficas que se transformaram em experimentos, que são implementados pelos Programas de Manejo de Recursos Naturais do Instituto Mamirauá. Estes têm por objetivo promover a conservação dos recursos naturais e a melhoria da qualidade de vida das populações ribeirinhas residentes, por meio do manejo participativo".
 
Um dos resultados da consolidação do manejo de recursos naturais é a renda gerada para as comunidades, a exemplo de: 600 mil reais para os manejadores florestais, entre 2001 e 2012; mais de 1,5 milhão de reais de renda gerada para os comunitários que trabalham com a Pousada Uacari, entre 1998 e 2012; mais de R$ 8 milhões gerados com a pesca manejada de pirarucu para os pescadores, entre 1999 e 2012. Outro resultado é o aumento do estoque natural de pirarucus em mais de 447%, ao longo dos últimos 12 anos, nas áreas manejadas das Reservas Mamirauá e Amanã.
 
Líderes da Conservação
Além dos protocolos de manejo, o Instituto Mamirauá vai reproduzir o ví­deo "Líderes da Conservação", resultado da campanha de mesmo nome, que teve por objetivo registrar o que pensam os protagonistas e beneficiários da conservação dos recursos naturais, decorrentes das ações do Instituto Mamirauá. Além do ví­deo, alguns exemplares do livreto "Líderes da Conservação" estarão disponíveis. A publicação retrata o impacto das ações do Instituto Mamirauá na vida de 12 moradores das Reservas Mamirauá e Amanã. 
 
"O Instituto Mamirauá criou a campanha "Líderes da Conservação" para dar voz aos beneficiários das atividades que resultam em conservação da biodiversidade Amazônica, de assessoria técnica ao manejo de recursos naturais e de desenvolvimento social", afirmou Ruiter Braga, técnico do Programa de Manejo de Pesca do Instituto Mamirauá. 
 
Aplicativo para tablet 

Na imagem acima, o aplicativo para tablet "Vida na Várzea"
em exposição na sede do Instituto Mamirauá. Â© Rafael Forte
O Instituto Mamirauá vai apresentar o aplicativo para tablet "Vida na Várzea". O aplicativo é dividido em 13 capítulos. O primeiro apresenta alguns conceitos sobre a várzea amazônica e uma animação sobre o pulso de inundação na Reserva Mamirauá, que representa os ambientes alagados sazonalmente. Aborda também sobre a vazante, o recuo da água e a seca. 
 
Espécies de animais também são abordadas e são elas: onças-pintadas, jacarés, quelônios, aves e primatas. O peixe-boi amazônico também está presente com sua rota de migração que varia entre as Reservas Mamirauá e Amanã. Piranha, piramboia e candirus são algumas das curiosidades das espécies de peixes apresentadas na lâmina "curiosidade sobre peixes". O último capítulo é sobre informações das populações humanas, de censo e renda. 
 
Texto: Eunice Venturi

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