Projeto Gelo Solar completa um ano desde o Desafio de Impacto Social Google e inicia processo de implantação da tecnologia

Publicado em: 11 de junho de 2015

No dia 29 de maio, o Instituto Mamirauá participou do evento em comemoração de um ano da realização do Desafio de Impacto Social Google | Brasil, realizado em São Paulo. O projeto "Gelo Solar: tecnologia para conservação de alimentos em comunidades isoladas da Amazônia" foi contemplado, na época, por sua importância e relevância social, com a premiação de 500 mil reais.

A iniciativa do Instituto Mamirauá propõe implantar uma máquina de gelo, que não utiliza baterias, para resolver o problema da conservação de alimentos e comercialização do pescado, em comunidades isoladas na Amazônia.

O projeto foi dividido em três fases. Atualmente, está na primeira, que propõe a instalação de quatro máquinas, a expectativa é que elas produzam 120kg de gelo por dia. Após a instalação das máquinas, prevista para agosto, será feito um monitoramento social com o acompanhamento dos indicadores de sustentabilidade da tecnologia. "Entre os indicadores está, por exemplo, qual o impacto imediato que a tecnologia vai trazer para a economia das famílias", afirma Otacílio Brito, técnico do Instituto Mamirauá.

 
Otacílio Brito e os representantes de outros projetos contemplados pela campanha do Google. - Foto: Aurelio de Andrade Souza 

A máquina foi desenvolvida e será instalada em parceria com o Instituto de Energia e Ambiente da Universidade de São Paulo, os comunitários receberão treinamento para a utilização e manutenção do sistema.  A primeira comunidade a receber a iniciativa é a Vila Nova do Amanã, localizada na Reserva de Desenvolvimento Sustentável Amanã.

Otacílio enfatiza que a tecnologia é inovadora, por não precisar de baterias, que além de poluir o ambiente, possuem curta vida útil. "É a transformação de energia elétrica em gelo. A energia do sol, ao incidir nos módulos fotovoltaicos, é transformada em energia elétrica que alimenta essa máquina, que produz gelo".

Nas próximas fases, está prevista a implantação de mais seis máquinas, além do possível aperfeiçoamento da tecnologia. Na terceira fase, espera-se que potenciais parceiros contribuam para a expansão da iniciativa para outras comunidades e regiões.

"Atuamos nas duas Unidades de Conservação que possuem 15 mil habitantes, distribuídos em 260 comunidades, dispersas em toda área das Reservas Mamirauá e Amanã. A ideia é transformar essa iniciativa em polí­tica pública, para implantar essas máquinas em diferentes comunidades e gerar conforto e qualidade de vida para essas pessoas. Não existe perspectiva em curto prazo, sejam dez ou quinze anos, para que a energia convencional chegue nessas comunidades, por isso a importância de uma energia alternativa gerada no próprio local", reforçou Otacílio.

Texto: Amanda Lelis

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