Nova websérie do Instituto Mamirauá, "Extraordinária várzea" mistura ciência e a exuberante natureza amazônica

Publicado em:  8 de novembro de 2018

Produção acompanha pesquisadores na missão de entender um dos ecossistemas mais complexos da Amazônia: as florestas alagáveis de várzea. Episódios serão lançados no canal do Instituto Mamirauá no YouTube

Você sabe o que é várzea? Para a maioria, ela é sinônimo de futebol amador, praticado em campinhos Brasil afora. Mas para muitas populações que vivem na Amazônia, várzea é floresta, lar, lugar onde a natureza opera as maiores transformações. Seguindo o ritmo dos rios, as várzeas alagam durante meses, tempo em que a vida muda para todos, animais, plantas e humanos. Esse ecossistema fascinante e ainda pouco conhecido é o tema da nova websérie do Instituto Mamirauá: "Extraordinária várzea". O primeiro episódio foi lançado nessa quinta-feira (08/11) no canal do instituto no YouTube. Confira aqui para assitir.

A produção acompanha pesquisadores no dia-a-dia de campo em matas de várzea. A série foi gravada no estado do Amazonas, dentro da Reserva de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá, distante cerca de 600 km da capital Manaus. Com mais de 1 milhão de hectares, a reserva é uma área de proteção ambiental formada em grande parte por terrenos alagáveis, as várzeas. Um solo rico para entender e conservar esses ambientes, que prestam serviços ecológicos fundamentais para a humanidade.

"Extraordinária várzea" é dividida em quatro capítulos, com média de duração de 5 minutos. Cada capítulo foca em um tipo de estudo em ecologia florestal feita pelo Instituto Mamirauá, unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC).

Quais as diferenças entre várzeas altas e baixas? É possí­vel fazer manejo florestal em áreas de várzea? O que é "serapilheira" e "clareira" e o que elas têm a ver com a várzea? Essas são algumas das questões que o público vai conhecer e ao mesmo tempo entender a importância ambiental, econômica e social das várzeas.

"As florestas de várzea se caracterizam por serem inundadas periodicamente e isso cria uma biodiversidade diferenciada, tendo espécies endêmicas, que só ocorrem nessa região", afirma Leonardo Reis, líder do Grupo de Pesquisa em Ecologia Florestal do Instituto Mamirauá.

As pesquisas cientí­ficas na várzea e a websérie fazem parte do projeto "Mamirauá: Conservação e Uso Sustentável da Biodiversidade em Unidades de Conservação (BioREC) ". O projeto é financiado pelo Fundo Amazônia, com recursos geridos pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Saiba mais: https://www.mamiraua.org.br/pt-br/biorec

Os próximos episódios da websérie "Extraordinária várzea" serão lançados nas próximas quintas-feiras do mês de novembro no canal do Instituto Mamirauá no YouTube.

Texto: João Cunha

 

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