Filhote de peixe-boi é resgatado pelo Instituto Mamirauá na Reserva Amanã
Publicado em: 11 de junho de 2018
O pequeno mamÃfero aquático recebeu cuidado especializado da equipe do Instituto Mamirauá e foi transportado a Manaus no último sábado (09/06) para a sede do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA)
O Instituto Mamirauá fez o resgate de um filhote de peixe-boi, com idade estimada de 2 meses, na Reserva Amanã, a cerca de 600 km da capital do Amazonas. Encontrado por um pescador nas proximidades da comunidade Monte Sião, o pequeno peixe-boi estava aparentemente sozinho, não foi registrada a presença da mãe. Moradores da comunidade procuraram o instituto, em busca de cuidado especializado para o animal.
O filhote foi assistido por parte de equipe do Grupo de Pesquisas em MamÃferos Aquáticos Amazônicos (Mamaq) do Instituto Mamirauá. Com experiência em estudos sobre a ecologia e iniciativas de conservação da espécie, o grupo tratou da alimentação e atendimento de saúde do peixe-boi. Assista aqui vÃdeo do filhote sendo amamentado.
O mamÃfero aquático mede 84 centÃmetros e pesa cerca de 10 quilos e meio. De acordo com a pesquisadora Hilda Chávez, do Grupo de Pesquisas em MamÃferos Aquáticos Amazônicos do Instituto Mamirauá, o filhote está em boas condições fÃsicas.
"Passados uns dias com a equipe, (o peixe-boi) passou a se movimentar mais, brincar e a comer as plantas, ele já está comendo plantas muito bem, além da amamentação. Foi bem interessante como ele evoluiu nesse perÃodo", afirma a pesquisadora.
Depois de mais de 10 dias de cuidados pelos profissionais do instituto, o filhote, batizado de "Tuxauazinho Sião", foi transportado na madrugada do último sábado (09/06) por lancha, saindo da cidade de Tefé, até Manaus.
Técnicos do Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (IPAAM) cuidaram dos procedimentos para o traslado em segurança do mamÃfero aquático. Um colchão e toalhas úmidas foram providenciados para que o corpo do peixe-boi se mantivesse resfriado.
A lancha chegou por volta de 18h ao porto de Manaus. De lá, o animal foi levado até a sede do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA), onde está sob as atenções de especialistas da instituição, até estar pronto para voltar ao habitat natural.
"Tuxauzinho Sião" recebeu esse nome pela personalidade forte, digna de um tuxaua (lÃder) e em homenagem à comunidade onde foi encontrado e recebeu os primeiros cuidados.
O Instituto Mamirauá é uma unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC). As pesquisas e atividades de conservação do peixe-boi amazônico feitas pelo instituto contam com apoio e financiamento da Fundação Grupo Boticário.
Texto: João Cunha
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