Estudantes de iniciação científica do Instituto Mamirauá apresentam resultados de pesquisa

Publicado em: 25 de março de 2020

Jovens pesquisadores desenvolvem trabalhos na Amazônia Central pelo período de um ano

Nesta quinta-feira, 12, bolsistas do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (Pibic) Sênior e Júnior do Instituto Mamirauá apresentaram os resultados parciais de suas pesquisas que vão desde tecnologias de tratamento de água ao uso e o cultivo de plantas medicinais em comunidade ribeirinha do Amazonas.

Os trabalhos de temas variados foram apresentados na sede do Instituto Mamirauá, organização social fomentada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), localizada no município de Tefé, estado do Amazonas. Ao todo, 16 estudantes participam do programa.

O Pibic tem como objetivo contribuir para o desenvolvimento do pensamento científico e incentivar a iniciação à pesquisa de jovens estudantes do ensino médio e ensino superior.

Para Anamélia de Jesus, do Comitê Institucional do Pibic, o seminário parcial é uma forma de acompanhar o desenvolvimento dos estudantes ao longo desenvolvimento das atividades estabelecidas por cada projeto de pesquisa. "O seminário parcial é uma oportunidade de construir com o projeto dos estudantes para que no final todos tenham bons resultados apresentados", explica a pesquisadora.

Bolsistas júnior e sênior, alunos de ensino médio e superior, respectivamente, apresentaram os resultados obtidos nas pesquisas, que devem ser entregues finalizadas no mês de julho. O programa tem apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e do Instituto Federal do Amazonas (IFAM), campus de Tefé.

Zeneide Damião desenvolveu o estudo sobre "Resíduos sólidos e microplástico em floresta de várzea na Reserva de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá". O trabalho já rendeu destaque na imprensa e está concorrendo ao prêmio Destaque na Iniciação Científica do CNPq, realizado todo ano.

Para o projeto de pesquisa, Zeneide coletou resíduos em cinco parcelas, áreas de um hectare cada definidas previamente e onde são realizadas pesquisas do Grupo de Pesquisa em Ecologia Florestal do Instituto Mamirauá. As áreas de amostragem estão localizadas na Reserva de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá, unidade de conservação da região de várzea, ecossistema alagável amazônico.

Já a bolsista sênior e estudante de biologia da Universidade do Estado do Amazonas (UEA), Wellen Oliveira, é responsável pela análise de flores em sítios arqueológicas da região do Médio Solimões. Para a bolsista, a experiência no programa tem sido essencial na construção de sua futura carreira. "Percebi aqui que gosto de trabalhar com pesquisa científica, então meu plano é fazer mestrado e doutorado", diz.

Anualmente, o programa premia os dois melhores trabalhos na categoria sênior e júnior.

O programa já recebeu mais de 300 alunos da cidade de Tefé e região. (Foto: Augusto Gomes)
Os projetos de iniciação científica do Instituto Mamirauá são executados ao longo de um ano. (Foto: Augusto Gomes)
No total, 16 apresentações foram realizadas durante o seminário. (Foto: Augusto Gomes)

Sobre o programa

Atualmente, são 16 jovens participantes do programa de iniciação científica da instituição.

Nos 15 anos do programa, o Instituto Mamirauá já recebeu e orientou cerca de 350 estudantes em seus projetos no Pibic Júnior, voltado a alunos do ensino médio, e no Pibic Sênior, com foco em alunos da graduação.

Para o pesquisador do Instituto Mamirauá João Paulo Pedro, trabalhar com os jovens estudantes é uma grande satisfação. "Nós vemos que eles chegam aqui com muitas dúvidas, sem entender diversos aspectos da Ciência. E, no período de um ano, eles evoluem muito nesse sentido. É muito gratificante ver os alunos aprendendo e crescendo no saber científico", afirmou. 

Texto: Augusto Gomes, com contribuição de Júlia de Freitas

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