Manejadores florestais se reúnem para fortalecer práticas sustentáveis na Reserva Mamirauá
Publicado em: 4 de maio de 2025
Encontro de Manejadores e Manejadoras Florestais debate avanços, desafios e soluções técnicas no manejo florestal comunitário da várzea amazônica, com base na integração entre ciência, políticas públicas e saberes tradicionais.
Crédito: João Cunha
Foi em meio a sorrisos, histórias de floresta e muitas trocas de saberes que aconteceu, nos dias 29 e 30 de abril, o 22º Encontro de Manejadores e Manejadoras Florestais da Reserva Mamirauá, em Tefé (AM). Comunidades ribeirinhas, gestores públicos, técnicos e pesquisadores se reuniram como quem cuida de um mesmo terreno fértil: compartilhando aprendizados, plantando ideias e colhendo caminhos para um manejo florestal mais justo, sustentável e participativo na Amazônia.
O evento, sediado no Centro de Treinamento Irmão Falco, é uma realização da Associação de Moradores e Usuários da Reserva Mamirauá Antônio Martins (AMURMAM) em parceria com o Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá.
Trocas de saberes e fortalecimento comunitário
Crédito: João Cunha
Ao longo de dois dias, o encontro proporcionou um espaço de troca entre manejadores de diversas comunidades ribeirinhas da Reserva Mamirauá, promovendo discussões sobre temas técnicos, desafios de comercialização, avanços em políticas públicas e inovações tecnológicas no manejo florestal sustentável.
O manejo florestal comunitário é uma estratégia de uso sustentável da floresta baseada na participação ativa das comunidades locais na gestão dos recursos florestais. A prática busca conciliar conservação ambiental e geração de renda, garantindo que a extração de produtos florestais — como madeira, frutos ou óleos — seja feita de forma planejada, legalizada e com mínimo impacto ecológico, valorizando o conhecimento tradicional e fortalecendo a autonomia comunitária.
Segundo Emanuelle Raiol, engenheira florestal e coordenadora do Programa de Manejo Florestal Comunitário (PMFC) do Instituto Mamirauá, o encontro tem papel central na construção coletiva de soluções para os desafios do segmento.
Diálogo técnico e construção de soluções
Crédito: João Cunha
“Além de ser um momento de integração entre os manejadores florestais das diferentes áreas de manejo da Reserva Mamirauá, é a oportunidade de discutir assuntos pertinentes sobre o cenário atual da cadeia produtiva", afirmou Emanuelle. Ela destacou ainda que a assessoria técnica oferecida pelo Instituto vai além da parte técnica e administrativa: "Nosso trabalho está baseado em ouvir os manejadores, compreender os desafios e buscar conjuntamente as soluções por meio de políticas públicas”.
O evento teve início com uma apresentação dos participantes, seguida de debates sobre a situação dos planos de manejo de 2024/2025. Também foram apresentados os projetos de pesquisa desenvolvidos pelo Instituto Mamirauá, abordando temas como territorialidades, geociências e o envolvimento de bolsistas no Programa de Manejo Florestal.
No segundo dia, manejadores e manejadoras participaram de um espaço aberto para compartilhar inquietações e experiências.
Planejamento futuro e articulação institucional
Crédito: João Cunha
De acordo com o analista de Pesquisa e Desenvolvimento do Instituto Mamirauá, Deiwisson Santos, esse momento de escuta é essencial: “Esse é um espaço de troca em que as comunidades podem vir pra interagir entre elas e fazer um intercâmbio de experiências. Para a equipe técnica do Instituto Mamirauá, é um momento de repassar informações relevantes, como a programação de atividades para os próximos anos e projetos por vir”.
Rayssa Guinato, analista de Pesquisa e Desenvolvimento do Instituto Mamirauá, ressaltou o papel do evento na conexão entre os diversos atores do manejo: “Esse encontro acontece anualmente e é um momento de encontro entre as assessorias e as instituições que são assessoradas, então, vários grupos de manejo florestal, madeireiro e não-madeireiro, se encontram aqui pra discutir temáticas importantes e trazer novas tecnologias e perspectivas futuras para a atividade”.
Em sua vigésima segunda edição, o Encontro dos Manejadores reforça a importância do protagonismo comunitário na conservação e uso sustentável da floresta, e mostra como ciência, políticas públicas e saberes tradicionais podem caminhar juntos.
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