MACACO-ARANHA
UACARI-BRANCO
MACACO-DE-CHEIRO
GUARIBA
ONÇA-PINTADA
PREGUIÇA
QUEIXADA
PACA
ANTA
CUTIA
QUATIPURU
MORCEGO
Possuem face e pelagem negra, os machos geralmente são mais encorpados que as fêmeas. Os machos podem pesar até 9 kg, sendo um dos maiores primatas das Américas. Costumam utilizar o dossel superior e os estratos médio e inferior da floresta, sendo raramente vistos no sub-bosque. Sua dieta é composta principalmente de frutos, mas também podem consumir folhas, sementes, o néctar de algumas flores e muito ocasionalmente pequenos insetos, como cupins e lagartas. Eles desempenham um papel importante como dispersores de sementes. O coatá, como é conhecido localmente, foi recentemente registrado na Reserva Mamirauá, expandindo sua distribuição geográfica e garantindo a proteção da espécie em mais uma Unidade de Conservação. Segundo a Lista Vermelha da IUCN, o macaco-aranha é um animal em perigo de extinção devido à caça e à perda de habitat, o que demanda atenção e um importante trabalho de conservação
O uacari-branco é um primata que se destaca por sua face vermelha e sua cauda curta. Um indivíduo adulto mede entre 50 a 60 centímetros de comprimento (excluindo-se os membros), os machos chegam a pesar pouco mais de 4 quilos. Ele é um especialista em florestas alagadas, e utiliza mais de uma centena de espécie de árvores para se alimentar. Sua dieta consiste de frutos usualmente imaturos e de casca muito dura, de onde retiram sementes ricas em proteínas e energia. Na seca, quando os frutos ficam raros, eles comem brotos, insetos e o néctar das plantas. Vivem em bandos de até 50 indivíduos e passam a maior parte do dia se alimentando ou transitando em busca de alimentos. Vivem no topo das árvores, raramente descendo ao chão. Ao fim do dia, o bando se acomoda em galhos muito altos protegendo-se contra predadores. É considerada uma espécie vulnerável à extinção especialmente por sua distribuição natural ser restrita. O trabalho de conservacionistas, incluindo José Márcio Ayres, permitiu a mudança do status da espécie de "ameaçado" em 1994 para "quase ameaçado" em 2003, e "vulnerável" em 2008. Isso mostra o resultado de um bom trabalho de conservação. Porém muito ainda precisa ser feito para promover sua proteção.
O macaco-de-cheiro possui pelos curtos e espessos, marrom claro acinzentado, com arco "gótico" ao redor dos olhos. Suas patas estão entre amarelo e alaranjadas, apresentam a região ventral e o tórax branco amarelado. São arborícolas e comumente utilizam o dossel inferior da floresta, podendo descer até o chão para buscarem insetos e água. Movem-se em grandes bandos de até 50 indivíduos, que vagueiam por áreas de mais de 50 hectares. Os machos podem medir do corpo a cabeça de 25 e 37 cm de comprimento e as fêmeas de 25 a 34 cm. A cauda do macho pode ter entre 36 e 40 cm e a da fêmea entre 36 e 47 cm, podem pesar entre 550 e 1400 gramas.
A Guariba é um primata bastante curioso, embora comam frutos quando estes estejam disponíveis, é o único macaco do Novo Mundo que se adaptou a uma dieta composta principalmente por folhas. Para tanto, recruta uma colônia de bactérias simbióticas, com enzimas microbianas capazes de quebrar a celulose quando esta passa pelo seu tubo digestivo. Costumam fazer muito barulho e despejam uma descarga de urina e fezes em quem se atreve a incomodar seu ambiente. Elas preferem as restingas altas, onde passam grande parte do tempo nos galhos altos das mais altas árvores descendo raramente ao sob-bosque onde os galhos finos podem não aguentar seu peso. Vivem em bandos de até 6 indivíduos. Os machos são cerca de 30% maiores que as fêmeas.
A onça-pintada é o maior felino das Américas, predador do topo da cadeia alimentar, e espécie-chave nos ecossistemas onde ocorre. Ela existe em baixas densidades, ocupa grandes áreas, e necessita de um número considerável de presas de grande e médio porte para sobreviver. Quando ocorrem alterações no ambiente, a onça-pintada é uma das primeiras espécies de mamíferos a sofrer extinção, por isso, é um excelente indicador da integridade ambiental. No Ambiente de várzea, durante as cheias, as onças habitam a copa das árvores e se alimentam de presas como macacos, preguiças, etc. Na seca comem até mesmo os jacarés.
Antigamente as onças poderiam ser encontradas desde os Estado Unidos até a Argentina, mas hoje a espécie desapareceu da maior parte dessas áreas devido a destruição do seu habitat, a caça e à diminuição na disponibilidade de seus alimentos.
As preguiças são bastante comuns nas florestas de várzea, mas muito difíceis de serem avistadas, isso por que elas costumam cultivar algas verdes em suas pelagens, o que facilita sua camuflagem. Além disso, elas mantêm-se imóveis por muito tempo, gastando 80 % do seu dia em repouso. O seu movimento é vagaroso e desajeitado e elas chegam a dormir de 15 a 20 horas por dia. Movem-se bem por cerca de 40 árvores que compõem seu território. Com suas longas garras, penduram-se com as costas para baixo nas árvores que elegem como suas favoritas. Seus pelos crescem da barriga para as costas para facilitar que a água escorra mais facilmente em seu corpo. São boas nadadoras. São solitárias e o laço significativo só existe entre mão e filhote até os seus 6 meses. As preguiças estão entre os sobreviventes de um grupo antigo de mamíferos - os Edentata.
O queixada, também conhecido como porco-do-mato pode medir entre 90 e 150 centímetros com uma cauda de 2,5 a 6 cm, pesando entre 25 e 40 kg. Seu corpo é robusto e possui uma pelagem áspera e longa, variando na região dorsal e ventral entre marrom e negro. Já na região do pescoço, mandíbula e focinho possui pelagem na coloração branca, por isso o nome queixada. Nos membros também possui uma coloração que vai do marrom ao negro.
Eles gostam da noite e do crepúsculo, mas podem ser avistados durante o dia. Formam grupos que podem chegar de 100 a 300 indivíduos que ameaçam destruir o que encontrarem pela frente. É um animal onívoro, alimentando-se de tubérculos, invertebrados, pequenos vertebrados, fungos, frutas, são dispersores e predadores, alimentando de grandes frutos e sementes, como o buriti (Mauritia Flexuosa L.) Sua gestação dura cerca de 5 meses, gerando até 3 filhotes. Ocorre em grande parte da América do Sul. são mais comuns em áreas de terra-firme, mas podem ocorrer nas regiões de várzea, especialmente durante a vazante dos rios.
A paca pode medir até 70 cm, sendo seu rabo pequeno, variando de 0,1 a 1 cm. Chega a pesar entre 9 a 12 quilos. Apresenta um corpo forte e robusto, sua pelagem do dorso e cabeça pode variar entre marrom avermelhado à marrom escuro. Apresenta um padrão de manchas arredondadas e esbranquiçadas em linhas longitudinais na lateral do seu corpo, algumas delas estendendo-se do pescoço até próximo a base da cauda e coxas. A pelagem de seu ventre pode varia de banca a creme, apresentando uma cauda vestigial. Nas patas dianteiras possui 4 dígitos, já nas posteriores possui 5, os 3 centrais possuem garras fortíssimas. São terrestres e noturnos, habitam próximo as tocas próximas à água onde existe uma ótima vegetação, é um animal frugívoro. Pode ser encontrada do sul do México ao norte da Argentina.
A anta chega a medir de 2 a 2,20 metros de comprimento, e chega a pesar até 250 kg, por isso é considerada o maior mamífero terrestre brasileiro. Ela apresenta a cauda curta e uma crina no cabelo. Possui uma tromba flexível e preênsil, provida de pelos sensíveis ao cheiro e a umidade. Sua coloração varia de marrom a cinza escuro, sua face e sua garganta podem ser brancas. Os juvenis são marrons com listras brancas por todo o corpo que duram até 7 meses, seu corpo é robusto com membros relativamente pequenos. É herbívora e noturna, embora seja ativa durante o dia. Podem ser encontradas aos pares no período reprodutivo, ou a fêmea como o filhote. São ótimas nadadoras e conseguem se deslocar a longas distancias no interior do rio. É muito importante para a dispersão de sementes. Apresenta um agudo e curto assobio, que utiliza como vocalização de alarme. Sua gestação dura cerca de 350 dias, nascendo apenas 1 filhote que acompanha sua mãe até aproximadamente 1 ano. É muito sensível as alterações ambie tais e as caças.
A cutia é um mamífero da ordem dos roedores, que apresenta comprimento da cabeça ao corpo entre 45 e 52 cm, e cauda medindo por volta de 1 a 3 cm, com peso entre 2,5 a 6,5 kg. Apresentam patas longas e delgadas, com cauda rudimentar e nua. Patas anteriores com 4 dígitos e posteriores com 3. Sua pelagem dorsal é marrom avermelhada ou alaranjada, que se torna mais intensa na parte posterior do dorso. Em seu ventre a coloração é mais clara. São diurnos e crepusculares, de hábito terrestre, possui sua distribuição associada aos cursos d'água. A cutia se alimenta de frutos, raízes, plantas suculentas e sementes, caracterizando-se como um importante dispersor. Muitas vezes a cutia enterra sementes e não retorna para utiliza-las, contribuindo para a plantação natural de árvores.
O Quatipuru é um mamífero roedor, que possui entre 46-56 cm, com cauda medindo a metade de seu comprimento total. Chega a pesar entre 500 e 900 g. São animais diurnos, que se locomovem no chão, mas são preferencialmente arborícolas. Podem ser vistos sozinhos, mas é possível observá-los em casais. Alimenta-se de frutos, sementes e coquinhos. Está fora de perigo, mas ainda não se sabe se a população está estável ou diminuindo. Ocorre ao norte do rio Solimões, abrangendo toda região a oeste do rio Negro no Brasil, Venezuela, Colômbia, Equador e Peru.
Este é um morcego que varia do tamanho pequeno para médio. Seu focinho é curto e ele apresenta uma pequena folha nasal em forma triangular. Seu lábio inferior possui o formato de "V" com uma verruga central rodeada por inúmeras papilas. Seu pelo varia de castanho escuro a castanho cinza ou enferrujado. Tem preferência alimentar por frutos da família piperaceae, mas também costuma alimentar-se de pólen e insetos. Ele encontra abrigo no oco de árvores, cavernas, fenda de rochas, e até mesmo construções humanas. Tem 2 períodos reprodutivos por ano. Além do Brasil, também pode ser encontrado na América Central e nos outros países da América do Sul.